Seguindo o hype e o movimento de mudança de vários amigos e da internerds, resolvi experimentar o Chrome como meu browser principal. Migrei as abas abertas, fechei o firefox e deixei apenas o novo navegador do google no meu desktop (na verdade utilizei o Chromium, versão opensource do Google Chrome, como disponibilizado para o Fedora Linux 12).
No inÃcio fiquei muito impressionado com a velocidade do Chrome e me senti de certo modo aliviado em deixar o Firefox. Repeti algumas vezes pra quem estava próximo: “o Firefox está com os dias contados, não tem a mÃnima chance”.
Mas depois de 15 dias, estou voltando pro Firefox 3.5. Os ganhos em velocidade do Chrome não foram suficientes pra compensar as inconveniências e a (falta das) boas extensões do concorrente. O navegador do Google ainda tem que amadurecer um pouco até se tornar o browser definitivo.
O que eu gostei no Chrome:
- Rápido, muito rápido. Da inicialização aos sites carregados de java-script, o Chrome dá de lavada no Firefox;
- A ideia de um processo por aba/extensão e o isolamento entre eles me agrada;
Existem outras caracterÃsticas e mudanças que são boas, mas que não fizeram diferença considerável no uso do browser.
Os principais inconvenientes, em ordem de prioridade:
- Não suporta master-password;
Pra colar uma nova URL, é preciso clicar na barra de endereços(em outros browsers no Linux é só clicar com o botão do meio – colar – em uma área livre do browser); update: é só clicar com o botão do meio no botão de nova aba (thanks to Andreas)- O Chrome usa $LC_CTYPE pra definir o idioma (o correto é usar $LC_MESSAGES ou $LANG);
- Force-reload não funciona como esperado;
- Compatibilidade com sites: foram poucos problemas, mas notavelmente mais do que com o Firefox. Alguns exemplos de sites que apresentaram um ou outro problema: gvt.com.br, mercadolivre.com.br, voeazul.com.br;
- Entre a omnibox do Chrome e a awesome bar do Firefox, eu prefiro esta última combinada com uma caixa de busca;
- Extensões, sempre elas: deixei esse item por último, mas talvez seja o que mais impactou minha produtividade. Pra mim as que fizeram mais falta foram: tabmixplus, echofon/twitterfox, delicious bookmarks, multiproxy switch, dns cache e web developper. Eu tentei substituÃ-las pelas alternativas do Chrome, mas estas ainda são muito fracas.
O que eu aprendi com essa experiência é que, contrário do que eu achava originalmente, trocar um browser não é tão simples como parece e o Chrome ainda tem muito chão pela frente até se tornar um browser maduro. Além disso também não vejo mais o Chrome como uma ameaça tão séria ao Firefox: levará pelo menos mais um ano até ele se tornar tão usável quanto e, até lá, quem sabe o Firefox 4.0 já esteja nas ruas incorporando suas principais caracterÃsticas positivas.
De qualquer modo, é bom ver o aparecimento de uma nova “guerra dos browsers”. Tomara que dessa vez não haja um vencedor.
Para mim só tem Firefox, as vezes enche o saco por travar do nada, especialmente quando se tem um monte de Plugins ativados, mas justo isso é o bom. Pode transformar numa ferramenta muito util de marketing. O Chrome somente serve para navegar.